as an octet. The second track is played by listening, reacting and interacting with
the recording of the first track, which sums up a total of 16 musicians. The process
is repeated on the last and third track (reaction to the previous two tracks) resulting
in a total layer of 24 musicians (for both musicians and listeners). Thus we try to
refer to the concepts of reality / virtuality, so thoroughly confused nowadays, through the vertigo of technology. (and not only...) enjoy! Ernesto Rodrigues, April 2020
1. I - 25'48''
2. II - 26'36''
3. III - 26'03''
Ernesto Rodrigues - Viola
Guilherme Rodrigues - Cello
Miguel Almeida - Classical Guitar
Andre Hencleeday - Piano
Bruno Parrinha - Bass Clarinet
João Silva - Trumpet
Carlos Santos - Computer
João Valinho - Percussion
Recorded November 2019, Lisbon
Cover design Carlos Santos
Cover design Carlos Santos
Reviews
Pelo número de nomes que vêm na ficha técnica, este “Spiegel II” seria, supostamente, um disco gravado em octeto, mas a verdade é que tal apenas acontece na primeira faixa. Na segunda, os oito músicos – Ernesto Rodrigues, Miguel Almeida, Guilherme Rodrigues, André Hencleeday, José Bruno Parrinha, João Silva, Carlos Santos e João Valinho – tocam com a gravação anterior, assim formando um ensemble de 16 elementos, e na terceira actuam com os dois registos efectuados a partir dessas intervenções, alargando a formação para 24 “vozes”. Como o próprio título indica em Alemão, utiliza-se o conceito de espelho, de reflexo e refracção, e designadamente a noção de que a distância dos objectos é considerada positivamente, mas já a distância das imagens é ora considerada positiva quando se trata de imagens reais, ora negativa quando as imagens são virtuais. As imagens sonoras aqui contidas eram reais e virtuais para os músicos no momento das execuções II e III e reais apenas na execução I – para nós, ouvintes, são necessariamente todas virtuais. O que experienciamos são os reflexos e as refracções na nossa percepção auditiva.
Deste modo, surge-nos mais um questionamento e uma problematização do que entendemos como improvisação livre. Esta pode ter sido efectiva nos primeiros quase 26 minutos do CD – isso se considerarmos que os próprios instrumentos, os estados de espírito dos executantes, o ambiente da sala (O’culto da Ajuda, em Lisboa, a 19, 20 e 21 de Novembro de 2019), o que os músicos comeram ao jantar, as deixas fornecidas em tempo real pelos outros intervenientes, etc., etc., não funcionam já como “pauta” –, mas nas demais sequências fica claro que as improvisações acrescentadas tomam as gravações como partitura base. Para além do jogo realizado com quem toca ao lado, houve que verificar onde havia espaços que pudessem ser ocupados, o que poderia ser sublinhado ou complementado e o que se poderia fazer em contraposição. O procedimento daria para enormes discussões sobre que liberdade é essa da improvisação, mas há também um outro interessante plano a considerar: sendo as estratégias utilizadas as do chamado reducionismo, que age por diminuição, o que temos neste disco é acrescento, precisamente o contrário da utopia “near silence”. E, no entanto, tais parâmetros estéticos subsistem, o que dá bem conta das apuradíssimas perspectivas de medida por parte de todos e cada um dos contribuintes. Se esta é uma música conceptual, a tradução prática – o outro lado do espelho – tem mais do que suficientes argumentos para valer por si mesma. Rui Eduardo Paes (Jazz.pt)
Ernesto send me "Spiegel I & II" in March 2021: this album seems to be absent from Bandcamp. It was recorded also during the CreativeFest XIII at O'Culto da Ajuda, Lisbon, and obviously is similar to "Spiegel II", see above. The main difference is that bass clarinet of Bruno Parrinha is replaced by the flute of Paulo Curado. The ute sound add a kind of impressionistic touch: soemthing like free improvised Claude Debussy's stuff. The album contains two tracks: "Spiegel I" of 30 minutes and a half, and "Spiegel II", lasting nearly
31 minutes. Both tracks are excellent, full of changing moods and emotional content. It is still the "good old free minimalism à la Rodrigues family", but it is once more different and exploratory and surprising. Maciej Lewenstein
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